terça-feira, 29 de setembro de 2009

Caronas...


Tinha ido deixar meu carro na revisão, estava conversando com a responsável por receber os veículos, com a qual tive alguns bons encontros, mas isto é outra história. Estava lá conversando com ela, enquanto esperava o chefe da oficina retornar de um teste para lhe passar alguns dados sobre meu carro. Na mesa ao lado outra recepcionista de veículos estava entregando a uma cliente seu carro. Enquanto conversava com a minha atendente, soltava gracinhas, convidando-a para um almoço e nisso boas gargalhadas. Mas ela na podia, afinal seu marido estava agora trabalhando na concessionária também! Chegou o chefe da oficina e fui conversar com ele, neste meio tempo estavam entregando o carro da moça que tinha ido buscar o seu na revisão. Terminei de passar o que queria para o chefe da oficina, me despedi da morenona da recepção e fui em direção a saída da autorizada, onde tem um ponto de taxi que atende aos clientes. No caminho, um corredor externo, longo, por onde saem os veículos, a moça para ao meu lado e pergunta para onde estou indo e se não gostaria de uma carona. Branca, cerca de trinta e poucos anos, magra, cabelos curtos castanhos e lisos, olhos verdes, boca pequena, seios médios, uma derrière bem desenhada (tinha prestado atenção quando ela se levantou na recepção, linda derrière). Nesta época estava em uma fase de comedor ou de ser comido, depende do ponto de vista. Vivia com uma namorada, transava com mais umas três mulheres casadas e ainda tinham as namoradas de outras cidades, pois viajava muito! Ou seja, não tinha nada a perder, então fui direto ao ponto, afinal existiam duas possibilidades, ou levaria um fora ou teria mais uma trepada naquela manhã. Estava com o pau doído da transa com minha companheira, havíamos transados a madrugada inteira, ela iria passar uma semana em São Paulo e quando voltasse eu estaria viajando e no total estaríamos quase 15 dias sem nos ver! Olhei para aquela moça e disse que adoraria ir naquele exato momento para um barzinho na beira mar, longe de todos e conversar a manhã inteira com ela. Era uma quarta-feira, oito da manhã. Ela me olhou sorrindo e disse que tinha o dia todo livre e que bastava que eu dissesse qual praia e barzinho gostaria de ir. Precisava apenas está às sete da noite na Universidade para dar uma aula. Sorri e disse que voltaríamos antes, pois tinha que pegar meu carro às seis da noite para poder viajar. Entrei no carro, vidros escuros, ar-gelado, escutando Chico Buarque baixinho. Disse para que seguisse em direção a Porto de Galinhas, mais precisamente Maracaípe. No caminho aquela conversa contida, meu pau latejava na calça, imaginando mil transas com ela. Agradável conversa me perguntou se era casado, disse que não, mas que tinha muitas namoradas, ela riu e disse que homem é tudo safado. Disse que não, pois safado seria se tivesse dito ser solteiro e desimpedido. Ela concordou com a resposta. Chegamos ao trecho de terra no caminho da praia e ela atolou o carro. Hahahaha! Hora de fazer uma força. Desci do carro, reduzi a pressão dos pneus, disse o que ela tinha de fazer e saímos do areal, assumi a direção. Tava suando, mas não do jeito que queria. Chegamos ao barzinho, gostei, ela gostava de cerveja! Começamos a beber e comentar sobre a vida. Ela era professora universitária e diretora de uma empresa de consultoria administrativa. Assuntos não faltaram, até porque trabalho com administração. Depois perguntei a ela o porquê da carona, ela respondeu que prestou atenção na minha conversa com a atendente e sentiu que ali tinha rolado algo e ficou curiosa e, além disso, tinha achado lindo meu sorriso, meu jeito de brincalhão e resolveu me dar uma carona para me conhecer melhor. Ai ela complementou – “Mas não esperava a sua resposta, convite, para passear. Achei uma idéia doida, mas sabe, tava precisando sair do mundo normal e por isso estamos aqui!”...(continua)